O USO MEDICINAL DA CANNABIS
ATRAVÉS DA HISTÓRIA

A planta Cannabis Sativa tem seu uso medicinal há milênios, em diferentes civilizações e épocas da nossa história, onde seus benefícios são relatados em diversos momentos da humanidade, como alguns exemplos que veremos a seguir:

China

Há mais de 5 mil anos, época do lendário imperador chinês Shennong, considerado um dos pais da medicina chinesa, já referendava o uso medicinal da cannabis, documentado na sua obra “Schennong Bencaojing”, onde considera a Cannabis sativa como uma erva medicinal de “primeira classe”, no mesmo nível do ginseng.

Imperador chinês Schennong
(retrato ilustrativo)

Livro Shennong Bencaojing
(versão contemporânea reeditada)

O Papiro de Ebers
(Biblioteca Universitária de Leipzig, Alemanha)

Egito

No Egito antigo, também temos registros sobre o uso medicinal da cannabis em vários papiros, para tratamentos de diferentes quadros de dor, inflamação, entre outros; como exemplo, os papiros egípicos de Ramesseum III (1.700 a.C.) e o papiro de Ebers (1550a.C.), este último, por sua vez, explicava o uso de um tratamento às custas de mel e cannabis para o alívio de cólicas menstruais, entre outros tratamentos.

O Papiro de Ebers
(Biblioteca Universitária de Leipzig, Alemanha)

GRÉCIA

Temos relatos do cirurgião grego Pedanius Dioscorides (40-90 d. C.), considerado o fundador da farmacologia, que documentou o uso medicinal da cannabis em sua obra “De Matéria Médica”, uma das mais importantes referências da literatura médica da época e utilizada por cerca de 1500 anos, onde já utilizava a cannabis como um importante remédio analgésico e anti-inflamatório, como por exemplo, a utilização de uma solução de cannabis para o tratamento de dores e inchaços nas articulações.

Pedanius Dioscorides
(retrato ilustrativo)

Livro "De Matéria Médica"
(Biblioteca Nacional da Espanha)

Busto Marcus Aurelius
(Museu Romano de Avenches)

Galeno
(Retrato ilustrativo)

ROMA

Época do grande imperador Marcus Aurelius – relembrado no sucesso de bilheteria do filme “O Gladiador” (2000), tinha como seu médico pessoal, o médico grego Galeno (129-216 d.C.), que também reconhecia o uso medicinal da cannabis em processos dolorosos e inflamatórios.

Busto Marcus Aurelius
(Museu Romano de Avenches)

Galeno
(Retrato ilustrativo)

EUROPA

Seu uso medicinal também se disseminou na Europa, como visto na aristocracia portuguesa, com relatos na literatura da Rainha Carlota Joaquina (1816-1826) – rainha do Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves – que consumia chá de cannabis para aliviar as crises de enxaqueca e cólicas menstruais.

Rainha Carlota Joaquina
(retrato ilustrativo)